Não sei ao certo, há quanto tempo ele estar ali parado. Minha mãe me contou que quando nasceu já estava lá. Acho que meu avô construiu a casa naquele lugar, justamente para ficar perto daquela árvore frondosa que dispensava uma super proteção contra os raios solares, produzida com a existência de sua sombra fria. Na seca, que é o período mais quente do ano, ele resiste majestosamente. Afinal, quem, na caatinga, é mais poderoso que um pé de juazeiro?
Durante todo período de estiagem, surge uma pergunta desafiadora: será de onde vem tanta força para enfrentar tão grande seca? Tudo ao seu redor é cinza, marrom, desbotado e seu viçoso verde brilha no Sol escaldante do meio-dia.
Quando toda a vegetação perde as folhas, nos meses de poucas nuvens, o majestoso veste seu verde mais bonito para abrigar a quem dele precisa. Há quantas secas, invernos, ele vem se mantendo, magistralmente, enfeitando um ambiente aparentemente sem vida? Quantas luas, estrelas, ele presenciou nascer e morrer?
Quantos nasceres e pores-do-sol ele presenciou? Quantas crianças viu nascer, correr, brincar, crescer, ir embora e voltar com seus filhos?
Mas, no verão, está sempre pronto para ajudar a de quem da sua sombra necessita; além de dar vida e esperança aqueles que precisam seguir em frente. Já tiveste o privilégio de presenciar tantas maravilhas?!
Texto e fotos: Rocílio Rocha
Parabéns pelo texto e pelas fotografias...extremamente belos.
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ResponderExcluirGostaria de agradecer a todas as pessoas que visitam o meu blog e também a todos que postam com carinho seus comentários.
ResponderExcluirObrigado!
O texto está tão magnífico como o Juazeiro. Inconfundível seu verde.
ResponderExcluirObrigado Edi.
ExcluirPrezado Rocílio... Quando servia em Fortaleza, tive a oportunidade de percorrer o sertão durante a Operação Pipa. A imagem que mais me surpreendeu foi a de um Juazeiro, exatamente do jeito que descreveu. Ele resistia a toda aquela seca, contrastando com a vegetação seca e marrom. Era um verde de doer a vista em pleno meio-dia. Tirei a foto enquanto passava por um leito de rio seco. Mas a foto ficou em Fortaleza. Muito legal seu texto. Grande abraço! Gilvan (Tenente-Coronel do Exército)
ResponderExcluirObrigado Gilvan Flores pelas palavras, fico feliz por ter ajudado a relembrar dessa árvore maravilhosa e encontrado o meu blog.
ExcluirGrande abraço.
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ResponderExcluirAchei seu blog exatamente por ter lembrado daquela cena. Resolvi, então, buscar no Google uma foto parecida.
ResponderExcluirNa casa onde nasci, que também só restaram alguns tijolos, o piso cimentado, uma calçada, existia um juazeiro, o qual continua lá firme e forte. Lembranças daquele juazeiro que tantas coisas presenciou.
ResponderExcluirLegal.
ExcluirAmigo Rosilio!
ResponderExcluirParabéns pelo belo blog e pelo trabalho muito bem feito...
Com certeza essa é uma ótima maneira de divulgar o nosso sertão nordestino!
Abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.